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domingo, 18 de maio de 2014

* SONHOS E UTOPIAS* / * AGRIDOCE SAUDADE!*





Sou assim: majestade e sou grandeza!
Sou ave de rapina, águia doirada!
Voo alto e tomo os céus, sou natureza!
Sou cilada que espreita a madrugada...

Sou fêmea dedicada, sou constante!

Nos altos sonhos faço meu abrigo
E te trago comigo por instante,
Minha doce saudade, meu castigo!

À tua visão, és carne que atiça,

És fome que salivo lancinante,
És presa d’ilusão, minha cobiça...

És todo caça do meu cego amor!

Um festim tão aqui, tão quão distante!
... Sou rapina, só d’um sonho em queimor!

Maria Barros
(Soneto em decassílabo, ritmo heroico)






Eu sonhei ser a sua mais linda poesia,
A doce inspiração d’um poeta apaixonado!
Eu sonhei ser a sua mais louca fantasia,
O mais longo gozo d’um amante “abusado”!

Eu sonhei ser a sua mais linda história d’amor,
A mais doce lembrança, sua flor!
Agridoce saudade,
O seu pensamento, a sua felicidade!!

Pois és todos os versos dos meus poemas amorosos!
A rima amor que não muda o clamor... 
 Suspiros ardorosos e profundos perdidos na distância,
Ainda que eu te faça sempre presente, amor!

Meu mais louco impudor,
A mais pura verdade!
Serás a saudade eterna que me consome...
Lágrimas frias d’uma primavera...
Ès calor d’um verão que não chegou!
Minha eternidade antecipada...
Eterno amor, que um dia, te espera!!!
A mais doce inspiração, sem fim,
D’uma flor, plantada no solo da ilusão...
Mas brotou e eternizou!
Queria ser a doce lembrança, nessa flor...
Como és o doce amor solitário, num dourado coração!

Maria Barros