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segunda-feira, 30 de julho de 2012

* RECORDAÇÕES E DESEJOS *




Vai caindo a tardinha preguiçosa,
D’um domingo monótono de inverno!
No abajur de luz morna e bonançosa,
Um reflexo faz sombra de meu interno!

Esse interno repleto de ti, amor,
Que adivinha em meu olhar o claror trépido
Das lembranças não mortas d’um ilusor,
[coração dominado sempre é lépido!]

Não tem jeito e nem sei se tem acerto!
Você foi caminhando junto ao tempo
E eu parei pra sonhar e me reverto!

E que importa se nessa tarde morna,
Eu querendo sonhar e contra o tempo
Desejar sua volta! “E a paz retorna”!
Maria Barros
(Soneto em decassílabos, ritmo martelo agalopado)










domingo, 22 de julho de 2012

* O SILÊNCIO QUE NÃO SE CALA! *

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A voz secreta que me acolhe e chama
Que me incita que me faz viajar
Não há de ser a voz do amor e drama,
[que o amor é drama na trama d’amar!]

Na noite que se esconde co’a  ilusão,
Que o universo conspira  e me afogueia...
E o doce idílio puro e sem razão
Enrosca-me nos fios dessa teia!

Oh, gosto extravagante de meu gosto!
Capricho que me toma toda noite!
P’ra que amanhecer!?  P’ra que esse reposto!?
Deixe-me ser eterna flor-da-noite!

Mas, amanhece! Meu sonho adormece!
E a voz do amor não dorme e nem se esquece!
Maria Barros

(Soneto inglês em decassílabos, ritmo heroico)

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

* ONDE ANDARÁS!? *





A manhã nebulosa vai seguindo...
E o tempo que não para me maltrata!
E vou me equilibrando, me iludindo
Na estação vorticosa, tempo acrata!

E meu coração triste e fatigado,
antes tão palrador, hoje tão mudo,
não sabe o que fazer [pobre coitado]
do amor que de vós, antes era tudo!

Olho desanimada para o céu...
E no infinito de sua manhã,
Desnudo meu desejo de seu véu
E pergunto à saudade guardiã:

- Onde está meu amor que já me esquece?
-Em que braços não meus, ele anoitece!?

Maria Barros
(Soneto inglês em decassílabos, ritmo heroico)









quarta-feira, 4 de julho de 2012

* DIVINA ARTE! *




Que noite bela tal quanto encantada!
Esplendor que enfeitiça, que fascina!
Noite de elevação à pessoa amada!
Ventura que o poeta se imagina!

Pura visão do próprio coração!
Se a poesia tem asas voantes
e deixa-se envolver nessa emoção,
ao poeta não mais será como antes!

O dogma poético seduz
o que a razão não pode compreender...
A todo esse mistério que conduz,
faz a alma do poeta se acender!

Deus, com arte, esculpiu esse esplendor
pro poeta compor versos de amor!
Maria Barros
(Soneto inglês em decassílabos, ritmo heroico)






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