Saiba,
qu'embora a noite ainda seja princípio,
que as estrelas que eu vejo, sejam cinco ou seis
que mais tarde extrapolam as leis
que abrem as portas, pra meu alívio...
E nesse olimpo, eu vejo o teu sorriso!
Saiba,
Que sempre e é só por isso,
Que ainda insisto nessa vontade infundada,
Que me arrasta por essa estrada
De deuses, de anjos e sonhos que cobiço,
Que tanto me alegram, na solidão!
Saiba,
Que nesse infinito em que te vejo,
Onde a quietude se quebra ao bater de suas asas
Que ao exibir o esplendor de seu voo, atrasas...
E vejo que a noite já é meio e eu sou desejo...
Entonteço, te vejo ilusão!
Saiba,
Que fiz de você, uma história sem fim!
Um desejo atrevido, sem solução,
Para um futuro em amplidão...
... A noite agora já é fim, enfim!
Com meu olhar fixo e infinito, padeço...
Saiba,
O dia já é princípio, desfaleço!
E que nesse dia até o anoitecer, nada me caiba,
Que não seja você! ...Saiba!
Maria Barros
(Zé Ramalho)
