Faz-se cessar o meu breve invernal,
Quão instável aparência dessa lua
Qu’inda pouco brilhava triunfal
e já s’esconde em fase, fria e crua!
Mas o dia nasceu, claro, viçoso!
Descerra-me o perfume em primulina,
Lembrando-me de um aroma tão gostoso,
D’um sonho eterno qu’em mim se destina!
Mas, já é primavera, linda e pura!
Meu coração se alegra só pra ti,
Com esse mesmo amor que sempre senti!
E hoje só quero riso sem fissura,
É a primavera que traz seu perfume,
Pro meu coração cálido em ardume!
Maria Barros
Quão instável aparência dessa lua
Qu’inda pouco brilhava triunfal
e já s’esconde em fase, fria e crua!
Mas o dia nasceu, claro, viçoso!
Descerra-me o perfume em primulina,
Lembrando-me de um aroma tão gostoso,
D’um sonho eterno qu’em mim se destina!
Mas, já é primavera, linda e pura!
Meu coração se alegra só pra ti,
Com esse mesmo amor que sempre senti!
E hoje só quero riso sem fissura,
É a primavera que traz seu perfume,
Pro meu coração cálido em ardume!
Maria Barros
De repente me fiz além, quase bola de cristal!
Não eram sons de conchas que escutava
Era o mar encantado passeando no areal
Em suas brancas ondas que também sonhava...
A voz distante entoando uma canção de amor,
Não era com certeza d’um pescador solitário,
Mas d’uma sereia em seu lírico canto ilusor,
Que falava de promessas d’um coração frio...
Eu vi luz contornando o mar e depois toda areia!
Não eram anjos apontando caminhos do paraíso
Era o velho farol sempre atento à sua plateia...
E sei que ele bem queria lumiar o meu sorriso!
Era eu ali agachada quase perto da marola
Desenhava um lindo coração na areia
E dentro, os nossos nomes sob uma auréola...
E eu sei que nessas horas meu sangue fogueia!
De repente uma lágrima ofusca minha visão...
Mas eu vi uma onda afoita levando meu coração,
Vi-o se desfazendo, nossos nomes separando...
Vi-me caindo triste sobre a areia, chorando!
E agora? A realidade que transformou em sonhos,
Sonhos que a onda do mar veio e apagou
e uma história que de linda, acabou!
E estando por lá, sentirei frio nos sonhos marinhos!
Maria Barros
Maria Barros
(Relembrando postagem>09/03/2010 (Blog desativado: Metade de Mim)
Se já é tão tarde pra voltar no tempo,
Se tarde sempre fora pra pensar além...
Sinto-me presa nesse contratempo,
Sem saber se volto, se vou ou fico aquém!
Se voltasse, entregaria minha dor,
Nessa triste sensação em que padeço...
Provarias o sal desse amargor,
de todos os choros que não esqueço!
E nas lágrimas depositadas em minhas mãos,
Saberias, só assim, o sabor da perfídia,
Que guarda ausências perdidas nesses desvãos,
Entre esses tempos de pura acídia...
Se eu assim ousasse pensar além
E adentrasse nessa aleatória utopia...
Se levasse o esquecimento como refém,
Quem sabe assim, acabasse com essa agonia!
Maria Barros
Se tarde sempre fora pra pensar além...
Sinto-me presa nesse contratempo,
Sem saber se volto, se vou ou fico aquém!
Se voltasse, entregaria minha dor,
Nessa triste sensação em que padeço...
Provarias o sal desse amargor,
de todos os choros que não esqueço!
E nas lágrimas depositadas em minhas mãos,
Saberias, só assim, o sabor da perfídia,
Que guarda ausências perdidas nesses desvãos,
Entre esses tempos de pura acídia...
Se eu assim ousasse pensar além
E adentrasse nessa aleatória utopia...
Se levasse o esquecimento como refém,
Quem sabe assim, acabasse com essa agonia!
Maria Barros
(Relembrando postagem>01/07/2011 (Blog desativado: Metade de Mim)
