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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

* BRINCADEIRA DE PAPEL * / * HO HO HO...FELIZ NATAL! *










Todo Natal era sempre a mesma coisa... Aquela mulher, ao chegar da tardinha, punha-se em seu único  pedido, quem sabe um anjo passasse naquele momentinho, escutasse- a e levasse o recado pro Papai-Noel que costuma atender a todos... Por que não? Milagres acontecem, não é?  Afinal, não somente quando crianças podemos acreditar na Magia do Papai- Noel, crescemos, mas a  criança que existe em nós continua criança, criança cheia de fé, que crê no belo e é por isso que sonhamos de olhos abertos...
Então! Aquela mulher cultivava sonhos e o mais sonhado era viver a felicidade durante todo o dia e à noite poder sonhar com ela e assim, para sempre! Era esse o seu pedido em todos os Natais... Uma noite de véspera de natal, depois de assistir à missa do galo, enquanto caminhava de volta a casa, ela recomeçara a fazer seu pedido, estava com sono e tinha medo de dormir sem ter tido tempo de pedir e pedir, afinal, ela sempre dormia antes de terminar suas orações...  A noite, apesar de verão, estava fresca, ouvia-se ainda o coro da Igreja, as luzes que enfeitavam as casas estavam todas acesas e tudo isso aumentava ainda mais a beleza  dessa magia e assim, ao chegar a casa,  ela dorme e sonha... “No meio da madrugada um vulto chamava-a pelo nome e ela acorda e embora não conseguisse visualizar seu rosto, tinha certeza que era a tal felicidade sonhada, vestido de papai-noel, mas a mulher não conseguia tocar aquela imagem que causava grande ventura e êxito em seu coração, que explodia de felicidades tamanha, que ela chegou a ter medo de morrer”!
_Você veio! Eu sabia que um dia viria! Falou a mulher, num grande contentamento...
_ Eu vim em seu sonho, como sempre, mas não hei de ficar, sou a felicidade, e como tal, sou feita de momentos e se você acredita, estarei sempre por  aqui, em você!
A mulher queria poder tocar aquele sonho de amor e felicidade, mas não conseguia! É como naquela canção de natal, que dizia pensar ser a felicidade um brinquedo de papel, que  em recortes  com tesoura, de repente à frente um batalhão de mãos dadas ou quem sabe um barquinho de papel, um avião cortando os céus, um chapéu de soldado ou quem sabe ainda   podemos escrevê-la e assim, fazer dela um presente de todos os dias e sonhos de todas as noites num poema de amor e de magias, do jeito que desejarmos... Afinal, Papai Noel existe mesmo ,  não morreu e ela entendeu  que nessa vida nada é para sempre e que felicidade nos acompanha no dia a dia e depende de momentos ou de nossas ações, sendo ela de papel ou não. E ela entendeu também, que  alguns certos momentos só existem se acreditarmos na Magia e que alguns presentes fazem parte dessa Magia! “... Papai Noel, vê se você tem a felicidade pra você me dar...”
Maria Barros



Todas as noites vou até você, dou-lhe um beijo de amor, faço-lhe o sinal da cruz na testa e peço que a Virgem Maria lhe cubra com seu manto acolhedor, de mãe que adormece o filho... Na noite de Natal  lhe deixarei o inesgotável e eterno presente, que é o meu sempre amor, porém, embrulhado em papel de seda para que você saiba que esse amor é e será sempre  o meu maior presente, só pra você! HO HO HO... FELIZ NATAL!
(Maria Barros)








...Celebremos bem alegres, o natal do Senhor.

sábado, 15 de novembro de 2014

* CAMINHOS... (PARTE FINAL) * / * CAMINHOS PARALELOS *








(PARTE FINAL)


Era muito difícil para Susy desenvolver um conceito em relação ao que acabara de ouvir de seu amor! Na verdade, ela estava apavorada com seus sentimentos aparelhando dentro de si, talvez pela necessidade da urgência ou quem sabe pelo medo de não saber o que fazer ou de não decidir o que seja certo! Sua vida não tem sido nada fácil ao cumprir um relacionamento falido há muito, com Daniel... Agora, quando finalmente estava sentindo-se realmente feliz, amada e a princípio, realizada, o destino vem colocando- lhe uma corda no pescoço e tirando- lhe o chão sob os pés...  Ao postar-se de frente, colocando suas mãos nos ombros de Aarom, Susy olha em seus olhos por alguns bons segundos, como que chamando a razão à  frente do coração para não ser injusta com ele e nem com ela própria e finalmente, para a agonia do rapaz que já espera um adeus da moça, Susy fala: 
_  Aaron, não vou perguntar se você ama sua esposa, porque isso eu sei que não! Quem ama um alguém, não sente necessidade de outro alguém, sente-se realizado e feliz somente com quem ama! Não se ama esse amor à duas pessoas ao mesmo tempo, mas quero saber de você, sem questionar seus filhos e nem poderia, jamais, pois os filhos são eternos! Mas, com que postura você enfrentaria essa situação entre nós dois, se caso eu lhe dissesse um sim, um te quero, um te amo...? 
E da mesma forma que Susy fez-lhe a pergunta, sem desviar os olhos dos olhos dela, Aarom responde com sua voz numa mistura entre calma e agonizante... Precisava ser sincero com Susy, afinal, estava experimentando junto à ela,  uma felicidade que há muito não sentia e podia quase ter certeza que seu sentimento por ela era algo muito maior que só paixão, ele podia jurar que estava amando Susy. Os homens geralmente sentem-se muito mais inseguros que as mulheres em relação à descoberta do amor, mas quando a certeza lhes invade, são capazes de atitudes heroicas, muito mais que as mulheres, sempre muito cautelosas, mas também, para alguns outros e mais raros homens, tomarem certas posições é quase um martírio, sentem-se em pequenez, medrosos e se escondem em promessas que nunca se realizam e assim vão levando a vida, exatamente como fazia Daniel, noivo de Susy!
_ Susy, diante da exatidão colocada em suas palavras, podendo quase dizer que foram ditas com pitadas de frieza e não lhe tiro a razão...! Você foi sincera desde o  início e eu sei que, quando se entregou a mim, havia muito mais de sentimento de carinho, de sincera entrega, do que propriamente paixão e eu sei também que nasceu em ti, um sentimento novo, bonito, que posso chamar de amor, assim como nasceu em mim, em relação a você! Porém, assim como você sabe que atitude a tomar em relação ao seu noivado, eu posso dizer-lhe que não sei o que fazer em relação ao meu relacionamento, justamente pelos filhos e pela grande amizade existente entre minha esposa e eu... Eu preciso pensar, preciso ser racional e amoroso ao mesmo tempo e eu sei que você entende isso! 
Susy entendia! Mas como ficar sem ele agora?  Dessa vez era sério e ela sabia que seria difícil, que viveria dias, meses, anos e todo o resto de sua vida para sofrer... Susy sabia que Aarom não tomaria nenhuma atitude em relação à eles dois a não ser  as mesmas que ela tem vivido com Daniel... Assim que ela aceitasse um relacionamento em dividi-lo com a esposa, ele se acomodaria e nunca mais faria um nada pelo amor dela, até que se esgotasse o tempo e o respeito dele por ela... 
Susy, numa atitude quase irracional, agarra-se ao seu amor, à sua paixão, à sua vida e lhe abraça tão forte e os dois se beijam tão profundamente que o universo antes tão conspirador, com certeza inunda-se nesse momento em lágrimas... E ela, submissa ao amor que nasce por aquele homem, submissa à paixão ardente que ele lhe causa, submissa ao encanto que lhe envolve por inteira, ela diz-lhe “sim”! 
O tempo passa... Passa até bem devagar para o sofrimento da moça... Tudo continua acontecendo no mundo sem que se percebam os olhos tristes de Susy... Daniel casara-se com sua última namorada e dessa vez parece ter descoberto a felicidade do amor, que bom pra ele!  Aarom, vez ou outra aparece para a curta felicidade de Susy! Afinal, a felicidade são momentos para ela! O tempo continua passando e cada vez mais escassos são os encontros deles dois e Susy tem quase certeza que ele pode estar com outra mulher e resolve assim abrir caminho para liberdade e felicidade dele...  

E Susy vai seguindo o seu caminho sempre  tão estreito, íngreme, escalvado e consequentemente  acidentado pelo castigo de carregar na alma a culpa do próprio calvário!

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Não era pro primeiro amor sua entrega,
Ele fora o escolhido, o seu eterno!
Fora o seu coração que se assossega,
Seu nobre sentimento mais superno!

Ele fora  a fruição  do quero mais!

A chama que jamais  irá  apagar ...
O seu amor que não se vai jamais!
Saudade que o adeus não pode abafar!

Um caminho que mesmo estreito, segue...

Um caminho que mesmo íngreme, vai...
Uma história de amor que não prossegue,
Um grito de aflição que nunca sai!

Se for  castigo desse amor morrer,

Que  bom morrer de amor, só por querer!

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(Soneto inspirado no conto “CAMINHOS...”  de Maria Barros)












domingo, 9 de novembro de 2014

* CAMINHOS... (Terceira parte) * / * LUTAS E DESENGANOS *








(Terceira Parte)

Estar assim, de repente, deslumbrada pela vida é algo que todo coração merece bater e Susy estava totalmente assim, fascinada e não era para menos... Há muito seu relacionamento com Daniel, incompossível com leveza de espírito, tranquilidade de sonhos e futuros, não ia muito bem mesmo e é lógico que Susy tinha total consciência que estava cometendo um grande erro, o mesmo que ela tanto combatia em seu noivo, Daniel. Tantas e tantas vezes ela soube dele com outras mulheres, discutiam e no final, depois dele prometer todas as mesmas promessas, ela o perdoava e assim ia adiando a procura de sua felicidade para depois, sempre! Talvez fosse por desânimo, a verdade que Susy tinha certeza que, se permanecesse naquela cidade, jamais viveria um romance que lhe permitisse futuro como um lar, filhos... Essas coisas simples que sonham todas ou quase todas as mulheres! Ela conhecia praticamente a todos os rapazes dali e nenhum deles balançava seu coração a ponto de romances até que apareceu no final daquela tarde, Aarom!  Ele soube como conduzi-la a pensamentos e atitudes inimagináveis aos seus conceitos e que naquele momento, nada mais disso a conceituava e assim pôde, por fim, experimentar todos os gostos e prazeres das loucuras de uma paixão... 
... De repente aquele quarto de hotel lhe parecia um mundo pequeno demais para expandir toda sua felicidade! Se ela pudesse sairia gritando ao mundo aquele momento que seus sonhos jamais se  permitiram sonhar... 
_ Aarom, mal sei de você e nem sei se quero saber! Pelo menos hoje, não me diga nada além das palavras que ouço nesse momento vindas de seu coração tão ávido de amor e desse corpo visivelmente satisfeito por estar comigo...
_ Nada mais sei de mim a não ser dessa felicidade de estar aqui com você, amor! Responde Aarom, tomado de paixão pela moça...
E mais uma vez seus corpos se agarram num arrebatamento sexual, numa mistura de contemplação de orgia selvagem da paixão com a suavidade e enlevo do amor... A  tarde já fora há muito e a noite prometia aos dois, mais paixão, mais entregas até que o dia os tomassem exaustos e felizes!
Susy abre os olhos e de repente, diante da lucidez do dia seguinte, dá um salto da cama e nem repara em sua nudez que enche os olhos do rapaz que acordara com o barulho...
_ Bom dia, amor! Linda, você está linda! Diz o rapaz ainda tonto pela noite de amor...
_ Bom dia, diz rapidamente Susy e com o rosto levemente ruborizado cobria o corpo com o lençol! Aarom  sorri maroto, aquela mulher o fascina de jeito jamais sentido:
_ Querida, vou pedir nosso desjejum, você deve estar faminta, assim como eu! Susy teve um pensamento um tanto orgíaco ao ouvi-lo falar em fome e o qual não passou despercebido do amante: _ Rsrsrs, também tenho mais fome de você, preparemos-nos! Se pudesse, Susy sairia correndo dali de tanta vergonha por Aarom ter lido seus pensamentos ou será que o tesão por aquele homem já era assim tão visível!? 
Os dois, agora abastecidos e fortalecidos, foram para o banho e mais uma vez seus corpos se entregam numa sacanagem deliciosa debaixo do único chuveiro do banheiro e que importava para eles a simplicidade do local se a paixão deles já era um luxo dificilmente passada antes por aquele local!
A manhã estava quase no final quando os amantes, em fim, resolvem sentar e conversar um pouco:
_ Fala-me um pouco mais de você Aarom! Pede a moça, agora um pouco mais curiosa em saber sobre o rapaz embora tenha sido sincera para ele desde o início. Aarom, portanto ocultara dela o que talvez pudesse dar um fim àquele idílio: _ Assim como você, Susy, também tenho um relacionamento de anos! Só que é mais sério, pois sou casado, embora seja um casamento onde suportamos um ao outro, assim como você e seu noivo! Para Susy, era como se o chão lhe houvera faltado... Um casamento não era um noivado...Um casamento é algo muito sério e inadmissível a traição antes da total separação no conceito da moça...
_ Por que você não falou de início, Aarom? Isso está errado e o que nasce errado não tem um fim justo e bom! E filhos, você os têm? O rapaz cabisbaixo e envergonhado, responde: _ Tenho três filhos, Susy!  Um rapaz de dezesseis anos e duas filhas de quatorze e onze anos... Susy não sabe o que falar naquele momento... Ela pensa em como sentiria  ela, seu irmão e sua mãe se o seu pai os abandonassem! A família não seria nunca mais a mesma!  Não no que diz respeito à alegria, dos momentos únicos que acontecem em família e outras coisas a mais...
_ E agora? Pergunta a moça! _ O que acontece de agora em diante? O que será de nós? Realmente Susy sente-se perdida e Aarom precisa dar respostas à moça:
_ Susy, sei que sou um monstro, essa é a verdade! Nada disse por não querer te perder, acredite-me! Estou apaixonado por você e nem eu sei o que fazer de agora em diante, que providências tomar... Não sei mesmo!
_ Se por várias vezes você me olhava no bar lá da cidade, se procurou saber de mim, se veio até aqui falar comigo é porque você bem sabe o que está fazendo e o que queria... O rapaz diante do raciocínio lógico da moça, ficou desconsertado: _ Perdão, amor! Fiquei fascinado por você e juro que tudo que lhe disse até aqui, foi sincero, perdoe-me e acredite-me... Susy vai até ele,  eleva seus braços e apoia-os nos ombros do rapaz fixando seus olhos nos olhos  dele, como se quisesse assim ler neles o que sua boca falava... 

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(E agora? Como Aarom vai sair dessa? Será que a atração física  sentida um pelo outro será mais forte que os problemas de ambos? Será que ainda veremos esses amantes enrolados um no outro... Não perca o desenrolar dessa história, brevemente aqui em meu blog!)



Se a vida não perdoa os desenganos
E aos pensamentos soltos sem quaisquer...
Nem sei o porquê dessas lutas e enganos
Que, às vezes, venci, sem provas sequer!

Que gosto no desgosto me entregou,

As vitórias que sempre levantei!
Se a elas, nenhum grito me bastou,
 Nem lágrimas, nem risos, ansiei!  

Na falta de ousadia eu pequei

E cri no tempo que não me perdoou,
E nem a solidão fria abençoou! 

Ah! Que triste derrota que alardeei

Ao desistir dos sonhos enlevados,
Tão vividos, tão meus e desejados!
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(Soneto inspirado no belíssimo pensamento “Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar” de Rui Barbosa)












sábado, 1 de novembro de 2014

* CAMINHOS... (Segunda parte) * / * NÃO EXISTE ADEUS! *



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(Segunda Parte)


Às vezes, num caminho onde a solidão anda sem rumo, entregue à sorte, pode acontecer os acasos do destino e tudo virar de ponta cabeça...
Foi exatamente assim que numa tarde, no caminho de Susy, atravessou Aaron! ...Susy sempre dispensava a carona do pai ao sair do escritório, preferia ir andando até sua casa a fim de  exercitar-se, uma vez que não era muito amante de academias. Seu encontro com Aaron, rapaz da capital, jamais fora premeditado e olha que motivos para sonhar com um encontro desses não lhe faltavam, encontro feito estória de príncipe encantado que salva a linda donzela das garras da solidão... A moça só sabia que de repente estava nos braços desse rapaz, perdida entre afagos e beijos...
_ Desculpa-me Aaron, não sei como isso pode ter acontecido! Espero que não me leve a mal, por favor! Falou a moça se afastando, completamente desconsertada diante da situação inusitada para ela.
_ Que isso, minha linda! Foi o melhor encontro, o melhor beijo de toda minha vida! Que mal haveria num momento de total sintonia!? Algumas situações não somos nós que as escolhemos, amor! Elas acontecem simplesmente! Acontecem porque assim o desejo se permite e pronto! Falou o rapaz levantando o rosto de Su delicadamente pelo queixo.
_ Mal acabamos de conhecermos-nos! Su repete, não acreditava  que permitira tal desfrute e ainda se lamenta: _ E se alguém tiver visto, o que vão falar? Susy sabe muito bem como repercute essas atitudes numa cidade pequena do interior... Su pensou em Daniel e seus pais, em sua própria família, nos amigos...
_ Eu entendo a sua preocupação Susy!  Peço-lhe desculpas embora não ache que tivemos, ambos, culpas!
Depois de um tempo passado após o beijo e estando Susy mais calma, ela olhou para Aaron e disse: _ Foi um grande prazer te conhecer mas devemos nos despedir daqui e que nossos caminhos não se cruzem mais, pois assim será bem melhor! O rapaz, com a voz um pouco engasgada, responde para a moça: _ Susy, não foi por acaso que tendo te conhecido tão longe, hoje esteja aqui perto de você e não foi por acaso que estivestes em meus braços ainda há pouco! Eu senti desejos em seus lábios, eu senti sede de amor em seu gosto e nada disso não pode ter sido em vão, não há nada de acaso... Aconteceu por que tinha que acontecer! Aconteceu por que fomos atraídos um pelo outro e não tem mais como ser diferente!
“E agora”? Pensou Susy! Na verdade ela não estava querendo separar-se de Aaron! O rapaz causou-lhe  frissons... Seus braços firmes ainda marcavam-lhe a cintura,  os lábios dele pareciam ainda comprimir os seus... Susy saiu daquele impasse e falou, sem sentir: _Você não pode mais sair de mim!  Aaron não podia acreditar no que ouvia! Estava também totalmente entregue àquele amor ou paixão que já nascera forte...
Os dois caminham para o carro de Aaron que estava estacionado numa rua próxima. Susy não se preocupava mais com os pensamentos de terceiros... Era como se no mundo só existissem  eles! Entram no carro e Aaron dá partida enquanto escuta Susy: _Não sei se estou certa ou errada e de repente isso nem tem mais tanta importância! Quero viver esse momento, quero morrer nesse amor se morrer de amor for paraísos. Rasgue todos meus véus onde escondo  meus falsos pudores... Estou farta de pouco!  Repleta-me de gozos pecaminosos, audaciosos, os mais sonhados e poucos vividos... E foi falando, pedindo e viajando nos desejos, deixando Aaron cheio de excitação!  
_ Sabe Aaron, não sei se nos veremos mais depois de hoje, se não,  quero que esse dia seja o que vai segurar todos os meus dias e anos de solidão que hei de viver, sem você! O rapaz sente um desespero diante  das palavras de Susy : _Por que você diz isso, Susy? Por que você não acha que estaremos juntos depois? A moça não sabe explicar, mas diante de tudo que ela deixou para trás, depois de tudo que ela está prestes a consumar sem ao menos dar explicações a todos que mereciam mais respeito de sua parte, ela realmente não sabe se a vida lhe consentirá felicidade eterna!
Chegam à cidade vizinha e hospedam-se num hotel, embora simples, era o melhor daquela cidadezinha. Mas isso não tinha importância para eles, estavam num paraíso!
Mal entraram no quarto e já se perdiam em abraços e amassos e selavam assim, sem exaustão um beijo apaixonado! Aaron foi tirando a roupa de Susy com volúpia e a mesma não tinha cuidados ao arrancar a camisa de seu amante... Seus corpos tinham sede, precisavam ser "um" no meio da cama!
_ Ahhh, Aaron! Possua-me como se eu fosse a sua salvação! Possua-me  faminto, sedento! Possua-me bandido!  Que loucuras essas palavras despertaram em Aaron! Na cama não havia mais espaço para os amantes que  tomaram o chão, que se perderam na mais louca orgia que se podia imaginar... Que importa se o mundo escutasse seus gritos, seus gozos, seus alívios!  Susy explodia seus desejos, esvaziava o mais íntimo da alma, satisfazia os mais loucos desejos de suas entranhas... Aaron parecia louco diante daquela mulher vulcão... Ambos não conseguiam mais se separar e assim ficaram até a total exaustão...
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( Que delícia essa loucura dos dois!  E agora? O que o destino reserva para os amantes? Eles conseguirão sair daquele quarto? Hummmm...! Não perca a terceira parte dessa história de amor e paixão! > Brevemente aqui em meu blog!)
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Pelos caminhos nus cruzam meus sonhos,
Nos ensejos que brotam devaneios...
Pelos caminhos estreitos e tristonhos,
Carregam-se em vão todos meus anseios!

E, se me perco nas horas, às vezes!
E de tanto pensar na gente assim!
Desespero-me em todos talvezes...
Que poderiam ser antes do fim!

Que castigo derrama a frialdade,
 Na despedida tão indiferente,
Na insensibilidade sobre a gente!

Tudo que choro na triste verdade,
Dessa lágrima fria que não mente:
“Sem adeuses no amor, eternamente”!


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(Soneto inspirado no belo pensamento “Talvez a única dor que me dói mais que dizer adeus é a de não ter tido a oportunidade de me despedir de você” de Clarice Lispector)


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sábado, 25 de outubro de 2014

* CAMINHOS...(Primeira parte) * / * HÁ SEMPRE UMA LUZ...*







CAMINHOS...

(PRIMEIRA PARTE)

Nunca foi fácil recomeçar e nem há de ser quando num caminho escolhido estreito, íngreme, escalvado e consequentemente acidentado, for arduamente castigo para quem carrega na alma a culpa do próprio calvário! 
Estava sendo assim para Su, apelido carinhoso que os mais próximos costumavam chamar à querida Susy... Su, sempre tão valente, mulher de fibra, acostumada a tomar a frente e atitude quando apareciam problemas na família e com algum amigo e não havia tempo ruim quando a hora de ajudar alguém aparecia. A vida de Su não era o que se diz, feita de calmarias. Já com seus  trinta e quatro anos, não havia casado, mas rolava  um pouco mais de uma década, um relacionamento de namoro com Daniel, um varejista da área de alimentos e considerado no local, um homem de boa situação financeira, mas em relação ao casamento e como diziam as bocas pequenas “não fodia e nem saia de cima” e a verdade é que Su nem alimentava mais esperanças de um dia casar-se com Daniel! Mas no fundo do coração da moça, depois de tantas idas e vindas durante esse tempo de namoro, já nem sabia mais se o amava o suficiente para consentir-lhe um casamento! Daniel, sempre muito garboso, considerado um dos melhores partidos  da pequena cidade, filho único, sempre mimado demais pelos pais e avós, não era um exemplo de namorado e Su bem sabia de suas escapadelas e já nem ligava mais e é aí que a fazia crer que seu amor pelo rapaz já havia acabado e olha que fazia tempo, mas se acomodara com ele...A família de Daniel, tinha uma enorme consideração com Susy! Desejavam e lutavam para que acontecesse o casamento entre eles. Mas também, além da beleza física, Susy  era mulher prendada, além de ter estudado Administração de Empresas numa universidade da capital  e fizera muitos outros cursos nessa área e ajudava agora o pai no único escritório de  contabilidade da cidade e que pertencia à sua família, família essa, de ótima situação financeira.
 _ Olá, Susy! A moça que caminhava lentamente pela calçada, no centro da cidade, volta-se para a pessoa que a cumprimentara. _ Boa tarde! Conhecemos-nos? O rapaz, moreno, alto, um corpo atlético,  de bela aparência, bem vestido; dá um sorriso de canto de boca , com rosto levemente inclinado... Su, rapidamente o descreveu mentalmente: _  Cara de cafajeste! E volta a perguntar-lhe: _ Conhecemos-nos? O rapaz aproxima-se e estende-lhe a mão direita afim de cumprimentá-la: _Você não a mim, mas eu jamais poderia esquecer u’a mulher tão bela! Su já estava acostumada a ouvir galanteios de paqueras  fúteis com cariz meramente sexual e com certeza não seria diferente esse galanteador desconhecido!  A moça, diante dessa resposta continuou andando sem dar importância à resposta do rapaz. _ Por favor! Creia-me, não estou brincando com você, Susy!  Ela então para, volta-se e mais uma vez: _ De onde você me conhece, daqui da cidade que não é! A cidade não é muito grande e conhecemos praticamente a todos! O rapaz então, agora mais sério,  responde: Conheço-te da capital, você costumava almoçar no mesmo restaurante,  que às vezes, quando a serviço por aquelas bandas, eu também almoçava alí! Quando uma vez voltei afim de encontrá-la, não foi mais possível e então perguntei ao gerente que me apresentou duas moças, suas amigas e fiquei sabendo que voltara para sua cidade e eu, não sei porque ou quem sabe eu bem sei, estou aqui! Falou esbanjando um belo sorriso que pareceu aos olhos da moça, mais sinceridade que o primeiro sorriso... Susy  finalmente deixa escapar também um leve sorriso o que anima o rapaz que vai acompanhando a moça pela calçada enquanto conversam...
_ Você já sabe meu nome e o seu? Como se chama? Pergunta a moça ao rapaz. _ Meu nome é Aaron (para estender mais a conversa o rapaz vai explicando...) e é uma forma francesa e inglesa do nome Aarão/Arão, que por sua vez é hebraico... Susy vai ouvindo o rapaz que cita a Bíblia, parecendo ser grande conhecedor da mesma. _ Que legal, Aaron! Você é muito ligado às coisas de Deus, da Bíblia...  Você é Católico ou Protestante Cristão... O rapaz então dá uma paradinha e responde que é cristão e  não tenha uma religião fixa, embora seus pais sejam católicos fiéis. A moça diz que é Católica fiel também, assim como seus pais e irmão, mas muitos de seus parentes são Protestantes Cristãos e outros, assim como ele, Aaron, também são Cristãos, mas não possuem uma religião...  
_ O importante é adorar e ter fé em Deus, não é? Reflete o rapaz tendo a afirmativa de Susy. 
A conversa vai se estendendo por horas sem que ambos deem conta que a tarde já vai se escondendo sob o manto da noite... O silêncio daquele momento do crepúsculo sempre teve para Susy, u’a magia, um encanto todo especial! É a hora da Ave Maria e ao pedir um minuto ao novo amigo, Susy reza silenciosamente a linda oração da Ave Maria, acompanhada pelo respeito silencioso do rapaz!
_ Estou encantado por você! A moça escuta a voz do rapaz carregada de admiração e sinceridade e, não antes de despedir do rapaz, ela o responde: _ Conversamos tanto de tantas coisas e eu esqueci de lhe falar que tenho namorado e espero que seu encantamento seja somente de pura admiração mesmo! Não quero perder essa nova amizade que começa entre nós! Deu para ver nitidamente uma ponta de decepção no semblante do rapaz ao ouvir da moça essa confissão e o mesmo lhe diz: Que pena Susy! Vim até sua cidade na esperança de encontrá-la, pois meu destino mesmo foi a cidade vizinha, sou médico e vim para um congresso e sabendo que você estava tão próxima, não resisti e vim encontrá-la! Juro que não lhe tiro do pensamento e agora essa confissão!
O rapaz estava tão perto que Susy podia sentir o perfume de seu hálito e num impensado ímpeto, os dois se abraçam  e se perdem num beijo cheio de volúpia, numa satisfação íntima, que pelo menos para ela, há muito não sentia!

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(HUMMMMM! QUER SABER O QUE ACONTECE DEPOIS DESSE BEIJO? NÃO PERCA A PRÓXIMA PUBLICAÇÃO AQUI EM MEU BLOG)





São caminhos veredas tão floridos!
Aquarelas, fascínio sem igual!
Mas quem os trilha sem rumos, só idos,
Sabe dessa aquarela ciprestal!

Ao sangrar-lhe os pés, os pedregais,
Nesse chão de calvário, sua cruz...
Não há de lastimar sequer seus ais,
Até que encontre num fim, sua luz!

E nos tempos, sem beira e já falida,
A tez esbranquiçada e já mortal...
Não há, ainda, de ser a partida,
E nem um fim que espreita esse seu mal!

Pois, no fim dessas idas cruciais,
Encontrarás caminhos sem iguais!


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(Soneto inspirado na bela frase > "Perder-se também é caminho" de Clarice Lispector)




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