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sexta-feira, 1 de julho de 2016

* MEU ETERNO NAMORADO! * / * COMO SERIA... * / * BURACOS DO TEMPO *




MEU ETERNO NAMORADO!

Que se passassem mil eternos anos,
Ainda que meus passos se torvassem,
 Fatigados e trépidos por danos,
Que nada, se teus olhos me tomassem!

Meu encantado e brando coração,
Abriria em sorrisos de esplendor
À visão da atração dessa emoção,
nesse olhar teu que é meu adorador!

Só tu e mais ninguém tornou-se nós!
Pois que tudo em mim é nada sem ti
 E sem ti em mim, nada permiti!

 Nesse momento nós, t’exalto, a sós,
E assim, por seres tu o meu amado,
Clamo-te, meu eterno namorado!

Maria Barros
COMO SERIA...

Em meio à solidão de uma noite calma e estrelada, abro a janela e deito meu rosto sobre a mão esquerda e olhando o céu que sorri para mim num convite ousado, desfilo meus pensamentos nessa entrega pelo infinito de meus desejos mais santos, mais íntimos, mais sentidos de todas as minhas saudades não vividas... E viajo embalada na luxuria de um céu carregado de diamantes cortando o espaço num brilho tamanho, que mais parecem chuvas de falenas encantadas de luzes! E é nesse sonho de natureza que penso em ti! Ah, como seria viver contigo, acordar ao seu lado nas manhãs claras de alegrias, mesmo que tempestades em tormentas assustassem o bom dia, eu sei que sempre vem bonança quando existe amor... Como seria preparar-te o café e depois numa farra feliz, roubar-lhe um pedaço do pão de sua boca, rsrsrsr, seria mais fácil que roubar pirulito das mãos de uma criança e quando a alegria de estamos juntos nessa manhã que eu te sonho, sairias para sua labuta na paz de Deus e eu tomaria nossa casinha branca, de janelas azuis e com gosto ela brilharia tão quão essas estrelas que me rodeiam os sonhos... O dia transcorreria na expectativa de sua volta ao nosso lar, te receberia com festa, dessas do tipo surpresa, seria teu presente mais querido, mais ousado, mais luxuoso, mais sonhado, te juro! Quem sabe depois, aproveitando a noite fresca, fôssemos caminhar de mãos dadas até uma pracinha próxima e ali sentarmos num banco e namorar?! Tomaria seu rosto entre minhas mãos, te olharia com a doçura e encantamento de quem ama e diria olhando bem em teus olhos: - Te amo! Como seria se ao ouvir essa declaração assim, nessa noite de pura magia, velada pelas fadas do amor, por anjos, você olhasse para mim, tomasse meu rosto entre suas mãos e olhando para meus olhos com a ternura e encantamento de quem ama, me respondesse: Te amo! Como seria depois de saciarmos nossas bocas das vontades de beijos e de nossos braços nas vontades de amassos e de nossos corpos na vontade de UNO..., acho que seria a glória ao chegarmos de volta a casa!!! Eu sei que teríamos entregas loucas, suaves, completas de tudo que esse momento é capaz...
Mas como na vida há controvérsias bobas, natural entre seres que se amam e se preocupam um com o outro,como seria depois de uma briguinha santa, o nosso reencontro!!??? Nossa! Acho que o céu ficaria ruborizado! Porque, no amor que lhe tenho, nem na guerra deixo de te sonhar! Como seria??? Eu sei como seria! Posso descrever cada momento!!!
E ao escorregar de meu braço na soleira da janela, acordo com a noite entregando-me ao meu mundo e eu ainda posso sentir você em mim e eu então tive a resposta de como seria se tivesse você para mim: - Seria a união de almas que Deus une para sempre!
E ao fechar a janela de vidro, ainda vejo o céu pintado de luzeiros de diamantes, piscando para mim numa cumplicidade de promessas de eternidade!

Maria Barros
(Esse texto é parte integrante do conto "Doce Vilarejo"de Maria Barros)


BURACOS DO TEMPO

Gritei ao som do coração
Repleto de momentos,
Numa fúria de larga dimensão,
Margeada em raro sonho ilusão
E entregue à santa redenção
Onde ainda choram sentimentos...

Gritei ao som de desencantos,
Que ardiam em brasas
Lapidando a pele em asas
Que voavam na ilusão de encantos,
Que chorava as dores da ilusão de recantos...

Gritei ao som do cansaço...
E na falta do abrigo d’um abraço,
Fechei-me no espaço desse vasto terreno
Onde já experimento um pequeno passo,
Que se agiganta, agora, mais manso e sereno!!!

Gritei seguindo o rastro das horas
E aos meus passos compassados aos segundos,
Fui querendo alcançar os amanhãs fecundos,
Querendo acreditar em suas vozes tão sonoras
Rodeando canteiros calmos como se passifloras... 

Gritei ao som da eternidade,
D’alguma forma o infinito me escutasse
E viesse seguindo o rastro dessa enormidade
De puros sentimentos que a tudo traspasse
Nesse coração que grita o amor forte de intensidade!

Gritei, por fim, a ser ouvida enfim...
Pois o eterno me acerca em festim...
E ao meu então estado de ventura, felicidade,
Quando a calma ao me possuir assim,
Posso eu entender que toda agonia é celeridade!

Maria Barros