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domingo, 10 de junho de 2012

* EM MÃO: AO MEU SONHO DISTANTE! *






[ELA, com a palidêz parecida com a que abate a têz do estado funesto, desaba num choro de estreiteza, tamanha aflição que acomete seu coração magoado e sua alma ferida... Era um dia que se aproximava ao dos namorados, o que lhe abatia mais, pois que em toda parte, o clima festejava o romance! ELA precisava gritar até acalmar seu coração..., não podia, pois o mundo talvez não entendesse... Então, com a fotografia do tão amado nas mãos, com as lágrimas caindo sobre o sorriso dele, sorriso tão amado, mas que, naquele momento, não lhe parecia oportuno esse sorriso contínuo, era como se não ligasse para o sofrimento de quem tanto o ama e começou a escrever-lhe uma carta, com a certeza que ELE fosse ler, talvez o vento, tão compassivo, a levasse e ao seu amor entregasse]:
 -“Amo você, inexplicavelmente ou quem sabe, nem tanto, pois que eu já te aguardava, mesmo antes de te encontrar! Não vou falar de todos os dias que estive com você e nem das alegrias, nem das tristezas... Não vou falar nada, mesmo porque já o disse tantas... Vou apenas falar a partir dos últimos acontecimentos carregados, oprimidos, pesados, das incertezas, das inquietações  dos anos passados até então! O adeus não se deu quando eu acenei, tendo nas mãos um tremular de tristuras e o coração travado, agravado, magoado... Ahhh! Tão longe estavas de mim! Mas nunca estive longe de ti! Podia tocar-te o rosto pela manhã, beijar-te a testa ao sinal da cruz, desejosa que seu dia fosse feliz e a noite não seria diferente, velava seu sono, até eu mesma, vencida pelo cansaço, adormecia com sua linda imagem dormindo comigo e eu sonhava com seu sorriso! E enquanto sonhava, tecia-lhe os poemas de amor que sempre foram p´ra você! E dentro deles, você sabia que eu sempre estava perto, te amando com a mesma doçura do anjo que te vesti e acreditei, com o mesmo apetite da fêmea no cio ao Sol onde te adorei, com a mesma luxúria que peca a carne, quando a fantasia transborda a vontade louca que sempre vinha de mim quando estava contigo, com o mesmo amor disposto sempre p´ro que der e vier, se você assim quisesse...  Você sempre vai poder sentir, basta querer, esse amor que te amo e te mando... Não vai haver outro maior e nem igual, mesmo que queira, que pense, que tente acreditar..., Você não tem noção e nunca  saberá o que seja o verdadeiro amor! Mas quando seus pensamentos cruzarem com os meus, se os seus forem sinceros, se você os entregar totalmente, você sentirá esse amor que te dou! Portanto, o Adeus não se deu quando eu acenei e sim quando você o fez! Diz-me, quantas vezes provastes a mim , o amor que me falou sentir? O que tenho de seu, de realidade, comigo, além de tanta insegurança que me fizeste sentir? Além do tempo ..., o que não prova nada, porque esse mesmo tempo você alimentava  e insistia no que me entristecia, o que foi uma tremenda bobagem de minha cabeça, pois hoje sei, com rastro de pena, que não havia razões...... A verdade é que você conhece tão pouco o amor, que assustou-se  diante de meu grande amor... Você não entendeu nada!  Jamais te dei adeus! O Adeus se deu, quando você acenou mais uma vez as suas mãos caladas, perdidas e vazias... Perder um amor como o meu, um carinho como o meu é  querer  passar a perna no destino e achar que ele vai ficar caído e não vai mais se levantar... Não vou mais lutar e nem esperar que fales alguma coisa... Aceitei o seu aceno... Com o meu coração ferido, mais uma vez, porém com o amor que não posso apagar, te desejo, porque te amo, a paz; uma felicidade tamanha, que te permita viver tranquilamente; prosperidade, porque você é capaz; muito juízo, muito mesmo; muita, muita sabedoria; muita saúde p’ra  você... Desejo harmonia em sua vida com os seus [ tenho pensado muito em sua mãe, desejo muito que ela esteja bem]  E...., sem mais, porque já sabia que seria assim... Porque talvez, nem fosse p’ra gente ter se encontrado nessa vida [mas o amor tem um poder imensurável de encontrar a sua metade...]. Aceito, com um sorriso bordado em lágrimas, o seu aceno de Adeus, 
PORTANTO, MEU SONHO DISTANTE, MEU AMOR, ATÉ UM DIA, P’RA VALER MESMO!

BEIJOS E ABRAÇOS [QUE AINDA BUSCO NOS MEUS SONHOS]!”

[Beijou a carta, dobrou e colocou-a num envelope branquinho, matizado com suavíssimo cor de rosa, selou com um coração, "o seu" e entregou ao vento... Com seu olhar perdido, triste e a alma mais leve, viu o envelope desaparecendo na distância, rumo ao seu destinatário, um sonho que um dia despertará p'ra ser realidade e ser feliz para sempre!]

Maria Barros







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