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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

* SOBRE OS TRILHOS DA ILUSÃO, PASSA-SE SOLIDÃO... *






......Irresoluta, a aldraba fria cai!
E a porta fecha atrás de tantos sonhos!
Sonho em sonho que a vida já retrai
Se a solidão já os fazem tão tristonhos!

....Uma chuva desaba, anteporal...
.......Completava assim, o cenário vil!
E vai surgindo em meio ao forte brumal
....Um triste perfil d’um ser feminil!

.....Na deserta estação espera em vão
........Que sobre o trilho passe a ilusão!
Mas, nada passa além das longas horas...

...Que vão passando com suas demoras
.....Que vão passando sem ter atenção...
...e passa a ilusão no seu coração!

Maria Barros
(Soneto em decassílabo no ritmo heroico)



sábado, 28 de janeiro de 2012

* SOB UM CÉU ESTRELANTE! *





Naquela noite d’um azul marinho,
uma estrela maior brilhou no céu!
E até dava pra ver em todo caminho
Os encantos lindos de nosso ilhéu!

Posso jurar que te escutei, amor!
Chamavas-me amoroso, pela noite
à nossa espera, livre, sem cursor...
Esse encantamento era nosso acoite!

Bendita noite de nos dois, querido!
Berçário d’um eterno amor menino
Que brinca nessa noite angelical!

Todo o mal deve estar só e distraído...
Sinto no ar um som que desce divino!
Entoando essa magia em madrigal!!!
Maria Barros
(soneto em decassílabos no ritmo heróico)


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

* VERSOS NO ANOITECER! *


...................É nesse encanto do arrebol,
..........que toda a natureza
......................explode em total beleza!
...................É quando também o meu coração
............arde em toda sua volúpia...
..................O anoitecer desabrocha minha emoção,
.......faz-me agitada, perturba a razão, farta-me a astúcia!
..........E sem poder atentar-me aos desejos quiméricos,
.....Vou tecendo versos calmos nos anoiteceres atmosféricos...
... E nessa magia, sou crepusculário voando solta longe do chão!

Maria Barros


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

* AO ANOITECER *





É na mansidão do anoitecer,
que a magia do espírito altíssimo
enaltece numa pureza do ser!
E num fervor em prece oferecer
carinho à Mãe de amor dulcíssimo!

É na mansidão do anoitecer,
quando sou tomada em quietude,
vem-me a lembrança de quem não sei esquecer!
E a saudade ao me acolher
Talvez nem saiba das horas todas que me ilude!

É na mansidão do anoitecer,
quando a noite abre suas portas
e tudo pode acontecer...
E sem fronteiras, só não vale adormecer
e na liberdade, as verdades podem ser mortas!

É na mansidão do anoitecer,
quando a natureza formosa,
num encantado jeito de envolver
vai explodindo teu cio, na gente fogosa
até um outro dia amanhecer...

É na mansidão do anoitecer,
que vou sonhando em versos
de amor, saudade, alegria, de entristecer...
E todo esse encanto vai muito além do alvorecer,
muito além desses versos e seus reversos!!!
Maria Barros

"Fecho os olhos,
e te trago pro meu mundo".


sábado, 21 de janeiro de 2012

* MÁSCARAS *








...................Minha outra metade, desconheço!
..........Ilusão sem razão, afeição sem coração,
...............pele em gesso frio, paixão sem ação!
Solidão oculta que fere minha emoção, adormeço!
E é nessa minha outra metade sombria [que é preciso], anoiteço!
....Assim, vou resguardando meu lado luz, meu lado amor,
.......de vãs promessas que o mundo compor...

Maria Barros


( EXERCÍCIO POÉTICO_ VARAL Nº 06 EDIÇÃO 526 - ANO XI)




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

* ENCANTAMENTO *




Toda história de amor
Tem jeito de conto de fadas!
É luxo na singeleza d’uma flor,
É acordado, flutuar em sonhador...
É viver em horas rosadas de magias douradas!

Toda história de amor
Tem esse toque de magia
No viver em alegria
Feito condão encantador!
Lindo, macio, perfumado e tem sabor!

Toda história de amor
Tem suas bruxas feiticeiras,
Oposições de origens duvidosas...
Jamais serão metades, menos ainda inteiras!
Antítese do amor, são as paixões enganosas!!!

Toda história de amor
Tem sutileza de eternidade!
Toda história de amor vive eternamente...
É sentimento único, verdadeiro, resistente...
É amor infinito que no tempo não tem idade!

Toda história de amor
É coração palpitante! É presente...
Renasce todos os dias e é único, sem divisor!
É pureza ardente...
É amor com muito AMOR!

Maria Barros



*DOCE PACIFICIDADE! *





Hoje posso deleitar desse bem-estar do espírito
Amortecido na saudade de tantas eras...
Vou guardando cada lembrança nesse reescrito
que julgam, os alheios, serem loucas quimeras!
Só meu coração sabe a distância [em tempo],
que vou cobrindo, aqui, calma, nesse atempo...
E vou jogando meus versos por todas as esferas....
...............Desde toda a eternidade
............dos amores que se procuram,
amores de intensidade..., amores de felicidade!

Maria Barros

(EXERCÍCIO POÉTICO_ VERSOS E UNI-VERSOS DOS POETAS)


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

*AMORFOBIA*



Fostes segredo que revelei ao mundo!
O mais doce, o mais terno sentimento
que lhe entreguei abundante, fecundo!

Fostes segredo que ao ouvido do mundo murmurei
numa inocência tamanha..., isenção total de culpa...
E na inocência, a tudo cria [nesse amor que ansiei!]

Fostes segredo da receita secreta do meu amor!
Amor tão intenso, amor tão forte... Discreto...
Amor que meu coração gritou, coesor!

Fomos sim, segredos de um amorfobia,
quando o amor, de inocente passou ao desejo da posse...
Uma confusão que só causou agonia!

Fostes o segredo que tu pensavas que o fosses!
Assim, ocultastes a mola que te impulsionavas a mim...
Entristecesses os sonhos que julguei que sagrasses!!!

És meu segredo que descansa nessa calma solidão...
O amor homem que o meu desejo toca e colhe
quando a saudade insone palpita na escuridão...

És meu segredo que sussurro às horas de tortura,
enquanto driblo confusa e indefesa a minha insegurança
diante ao castelo de sonhos erguido nessa construtura!

És o segredo que confesso em meus poemas!
Doce e impossível amor fobia
Que me aprisiona em fortes, intensas e eternas algemas...
 Maria Barros

domingo, 15 de janeiro de 2012

*GENTILEZA GERA GENTILEZA*







Rio Muriaé, rio de minha infância,
Ensinastes-me a deslizar por tuas águas profundas...
Rio de águas tão fecundas,
gosto e alimento em ambudância!!!
Meu Rio Muriaé que passava calmo pelo meu quintal
Cercado por uma parede de amoreiral...
Meu Rio Muriaé, que saudades!
Saudades do tempo que me acolhias sem maldades!
Saudades do tempo que lhe sobrava tolerância!!!

Hoje te vejo tão entristecido!
Quase não reconheço o meu Rio Muriaè!
E meu coração condoído
chora o teu estrago, vindo de tanta má fé!
Que fizeram contigo, meu querido rio?
Sinto correr em mim um calafrio...
Nunca mais te emundaram! Deram-te um pontapé!

É assim em toda parte, meu querido rio!
Arrumam a casa, toda bela aos olhos...
A sujeira? Corre pro rio...
Rios e lagos são tapetes das sujeiras das cidades,
Causando-lhes desgostos, abrolhos...
E assim meu rio Muriaé torna-se arredio...
Tenha mais calma! Perdoe a todos por essas sujidades!
Maria Barros

*ANESTESIA*






O caminho passando e eu me inquieto
Meus olhos tonteiam com as faixas passando
Porém escassas ao desejo irrequieto
Da saudade que vou daqui levando!

Quanta gente passando! Vão correndo...
Em busca de quê? Vão sonhando só...
Se o destino está quase morrendo
Quando tossimos do caminho, o pó!

Que tempo longo e escasso vou cruzando!
Nem consigo lembrar do que ficou...
O medo e o meu cansaço que vão orando...
Nem vi o que meu destino dissecou!

Acordei sem ver a luz tão desejada!
Deve ser porque estava anestesiada!
Maria Barros